sábado, 28 de abril de 2012

Texto do 9º ano



A MISÉRIA É DE TODOS NÓS

       Como entender a resistência da miséria no Brasil, uma chaga social que remonta aos primórdios da colonização? No decorrer das últimas décadas, enquanto a miséria se mantinha mais ou menos do mesmo tamanho, todos os indicadores sociais brasileiros melhoraram. Há mais crianças em idade escolar freqüentando aulas atualmente do que em qualquer outro período da nossa história. As taxas de analfabetismo e mortalidade infantil também são as menores desde que se passou a registrá-las nacionalmente. O Brasil figura entre as dez nações de economia mais forte do mundo. No campo diplomático, começa a exercitar seus músculos. Vem firmando uma inconteste liderança política regional na América Latina, ao mesmo tempo que atrai a simpatia do Terceiro Mundo por ter se tornado um forte oponente das injustas políticas de comércio dos países ricos. Apesar de todos esses avanços, a miséria resiste. Embora em algumas de suas ocorrências, especialmente na zona rural, esteja confinada a bolsões invisíveis aos olhos dos brasileiros mais bem posicionados na escala social, a miséria é onipresente. Nas grandes cidades, com aterrorizante freqüência, ela atravessa o fosso social profundo e se manifesta de forma violenta. A mais assustadora dessas manifestações é a criminalidade, que, se não tem na pobreza sua única causa, certamente em razão dela se tornou mais disseminada e cruel. Explicar a resistência da pobreza extrema entre milhões de habitantes não é uma empreitada simples.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Texto II 8º ano


   Pássaro em vertical
Lisbério Neves

Cantava o pássaro e voava
cantava para lá
voava para cá
voava o pássaro e cantava
de
repente
um
tiro
seco
penas fofas
leves plumas
mole espuma
e um risco
surdo
n
o
r
t
e
-
s
u
l.


Continuação do texto


Pedro Bala procurou o que responder:
     — Mas a gente veste calça, não é saia...
    — Eu também. — E mostrava as calças.
    De momento ele não encontrou nada para dizer. Olhou para ela pensativo, já não tinha vontade de rir. Depois de algum tempo, falou:
      — Se a polícia  pegar a gente , não tem nada. Mas se pegar tu?
      — É igual.
     — Te metem no orfanato. Tu nem sabe o que é...
     — Tem nada não. Eu agora vou com vocês.
     Ele encolheu os ombros num gesto de quem não tinha com aquilo. Havia avisado. Mas ela bem sabia que ele estava preocupado.
     Pedro bala se conformou. No fundo gostava da atitude dela, se bem tivesse medo dos resultados.
                              AMADO, Jorge. Capitães da Areia.

Texto 8º ano


                                                                                                                                                                                                                                                    

Leia o texto abaixo:

       [...] como o vestido dificultava seus movimentos  e como ela queria ser totalmente um dos Capitães da Areia, o trocou por umas calças que deram a Barandão numa casa da cidade alta. As calças tinham ficado enormes para o negrinho, ele então as ofereceu a Dora. Assim mesmo, estavam grandes para ela, teve que as cortar nas pernas para que dessem. Amarrou com cordão, seguindo o exemplo de todos, o vestido servia de blusa. Se não fosse a cabeleira loira e os seios nascentes, todos a poderiam tomar por um dos Capitães da Areia.
     No dia em que Dora, vestida como um garoto, apareceu na frente de Pedro Bala, o menino começou a rir. Chegou a se enrolar no chão de tanto rir. Por fim conseguiu dizer:
      — Tu tá gozada...
     Ela ficou triste, Pedro Bala parou de rir.
     — Não tá direito que vocês me dê de comer todo dia . Agora eu tomo parte no que vocês fizer.
     O assombro dele não teve limites:
     — Tu quer dizer...
     Ela o olhava calma , esperando que ele concluísse a frase.
     — ... que vai andar com a gente pela rua, batendo coisas...
     — Isso mesmo. — Sua voz estava cheia de resolução.
     — Tu endoidou, Dora...
     — Não sei por quê.
     — Tu não ta vendo que tu não pode? Que isso não é coisa pra menina? Isso é coisa pra homem.
     — Como se vocês fosse tudo um homão. É tudo um menino.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Texto 7ºano


Pã, uma divindade rural
De acordo com a mitologia greco-romana, Pã ou Pan é o deus dos bosques e dos campos, dos rebanhos e dos pastores. Morava em grutas, vagava pelas montanhas e pelos vales e divertia-se caçando ou dirigindo as danças das ninfas (divindades dos rios, dos bosques, das florestas e dos campos). Amante da música, inventou a avena, uma flauta, que tocava exemplarmente. Pã era temido por todos aqueles que tinham que atravessar as matas durante a noite, pois as trevas e a solidão desses lugares predispunham as pessoas a medos e superstições. Por isso, os pavores desprovidos de causas aparentes eram atribuídos a Pã e chamados de pânico.
    Fonte: Thomas Bulfinch. O livro de ouro da mitologia.Rio de Janeiro: Ouro, 196

Texto: 7º ano





 




A água nossa de cada dia

A água mineral é hoje associada ao estilo de vida saudável e ao bem-estar. As garrafinhas de água mineral já se tornaram acessórios de esportistas e, em casa, muita gente nem pensa em tomar o líquido que sai da torneira – compra água em garrafas ou galões. Nos últimos dez anos, em todo o planeta, o consumo de água mineral cresceu 145% – e passou a ocupar um
lugar de destaque nas preocupações de muitos ambientalistas. O foco não está exatamente na água, mas na embalagem. A fabricação das garrafas plásticas usadas pela maioria das marcas é um processo industrial que provoca grande quantidade de gases, agravando o efeito estufa. Ao serem descartadas, elas produzem montanhas de lixo que nem sempre é reciclado. Muitas entidades ambientalistas têm promovido campanhas
de conscientização para esclarecer que, nas cidades em que a água canalizada é bem tratada, o líquido que sai das torneiras em nada se diferencia da água em garrafas. As campanhas têm dado resultado nos lugares onde há preocupação geral com o ambiente e os moradores confiam na água encanada.

Apenas nos Estados Unidos, os processos de fabricação e reciclagem das garrafas plásticas consumiram 17 milhões de barris de petróleo em 2006. Esses processos produziram 2,5 milhões de toneladas de dióxido de carbono e outros gases do efeito estufa, poluição equivalente à de 455.000 carros rodando normalmente durante um ano. O dano é multiplicado por
três quando se consideram as emissões provocadas por transporte e refrigeração das garrafas. O problema comprovado e imediato causado pelas embalagens de água é o espaço que elas ocupam ao serem descartadas. Como demoram pelo menos cem anos para degradar, elas fazem com que o volume de lixo no planeta cresça exponencialmente. Quando não vão para aterros sanitários, os recipientes abandonados entopem bueiros nas cidades, sujam rios e acumulam água que pode ser foco de doenças, como a dengue.
A maioria dos ambientalistas reconhece evidentemente que, nas regiões nas quais não é recomendável consumir água diretamente da torneira, quem tem poder aquisitivo para comprar água mineral precisa fazê-lo por uma questão de segurança. De acordo com relatório da ONU divulgado recentemente, 170 crianças morrem por hora no planeta devido a doenças decorrentes do consumo de água imprópria.

Texto 7º ano


Leia o texto abaixo:
A Subsistência Indígena
   Os índios brasileiros provêem sua subsistência usando os recursos naturais de seu meio ambiente. A grande maioria das tribos indígenas pratica a agricultura. Seu processo agrícola, chamado coivara, consiste num sistema de queimadas e de fertilização da terra com as cinzas. A caça e a pesca não despertam o mesmo interesse em todos os grupos tribais. Certas tribos possuem alimentação predominantemente carnívora e são hábeis caçadoras. Algumas outras apresentam grande número de preceitos religiosos que proíbem comer a carne de certos mamíferos, tendo, por isso, a base de sua alimentação na pesca. A coleta de raízes, frutos silvestres e mel é praticada, em grau maior ou menor, por todas as tribos. Para aqueles que desconhecem a agricultura, constitui-se na principal fonte de alimento vegetal.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Texto 6º ano


O RATO ROEU A RÚCULA E A RICOTA
      O diretor Brad Bird e a produtora Pixar conseguiram um feito que parecia impossível e criaram um rato tão simpático quanto o clássico Mickey. Em Ratatouile, o azulado Remy vive na França, possui olfato apurado e é apaixonado por alta gastronomia – por mais estranho que isso possa parecer, tanto para os humanos quanto para sua família de roedores. Sua vida muda da noite para o dia ao conhecer um desastrado faxineiro de um restaurante de luxo de Paris. Remy vê sua chance de mostrar tudo o que sabe sobre frituras, imersões, temperos, guisados e afins. É a fome com a vontade de comer, senhoras e senhores. A combinação aparentemente esdrúxula de ratos e comida é um dos grandes achados deste filme (mais uma bola dentro da produtora que fez Procurando Nemo, Toy Story, Carros etc.),que traz as vozes de Peter O’Toole e Janeane Garofalo.

Texto 6º ano


                                                                                                                                                                                                                                                         

Texto 6º ano



Por que algumas aves voam em bando formando um V?

      Elas parecem ter ensaiado. Mas é claro que isso não acontece. Quem nunca viu ao vivo, já observou em filme ou desenho animado aquele bando de aves voando em "V". Segundo os especialistas, esta característica de vôo é observada com mais freqüência nos gansos, pelicanos, biguás e grous.
      Há duas explicações para a escolha dessa formação de vôo pelas aves. A primeira consiste na economia de energia que ela proporciona. Atrás do corpo da ave e, principalmente, das pontas de suas asas, a resistência do ar é menor e, portanto, é vantajoso para as aves voar atrás da ave dianteira ou da ponta de sua asa. Ou seja: ao voarem desta forma, as aves poupariam energia, se esforçariam menos, porque estariam se beneficiando do deslocamento de ar causado pelas outras aves. Isso explicaria, até, a constante substituição do líder nesse tipo de bando.
      Essa é a primeira explicação para o vôo em "V". E a segunda? O que diz? Ela sustenta que esse tipo de vôo proporcionaria aos integrantes do bando um melhor controle visual do deslocamento, pois em qualquer posição dentro do "V" uma ave só teria em seu campo de visão outra ave, e não várias. Isso facilitaria todos os aspectos do vôo. Os aviões militares de caça, por exemplo, voam nesse mesmo tipo de formação, justamente para ter um melhor campo de visão e poder avistar outros aviões do mesmo grupo. Essas duas explicações não são excludentes. É bem possível que seja uma combinação das duas o que torna o vôo em "V" favorável para algumas aves.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Outro texto para o 5º ano


Cimento Armado ( Texto 2)

Batem estacas no terreno morto.
No terreno morto surge nova vida.
As goiabeiras do velho parque
E as roseiras abandonados, serão cortados.
E derrubados
Um prédio novo de dez andares,
Frio e cinzento,
Terá seu corpo de cimento armado
Enraizado no velho parque
De goiabeiras
De roseiras.

Batem estacas no terreno morto.
Século vinte...
Vida de aço...
Cimento armado!
Batem estacas
No prédio novo de dez andares,
Terraços tristes
Pássaros presos,
Rosas suspensas
Flores da vida,
Rosas de dor.

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Texto para o 5º ano


A Floresta do contrário  (texto 1)
     Todas as florestas existem antes dos homens. Elas estão lá e então o homem chega, vai destruindo, derruba as árvores, começa a construir prédios, casa, tudo com muito tijolo e concreto, poluição também
     Mas esta floresta aconteceu o contrário. O que havia era uma cidade dos homens, dessas bem poluídas, feia, suja, meio neurótica.
      Certa vez, as árvores foram chegando, ocupando novamente o espaço, conseguiram expulsar toda aquela sujeira e se instalaram no lugar. É o que poderia se chamar de vingança da natureza, foi assim que terminou o seu relato o amigo beija-flor. Por isso, ele estava tão feliz, beijocando todas as flores, aliás, um beija-flor bem assanhado, passava flor por ali ele já sapecava um beijão.
      Agora, o Nan havia entendido porque uma ou outra árvore tinha parede por dentro, ele achou melhor assim. Algumas árvores chegaram a engolir casas inteiras.
      Era um lugar bonito, gostoso de ficar. Só que Nan não podia, precisava partir sem demora. Foi se despedir do beija-flor, mas ele já estava namorando, apertando uma ou outra florzinha, era melhor não atrapalhar.

( Fragmento do livro: “Em busca do tesouro de Magritte”)





Exercício de revisão para o 5º ano





Exercício de revisão para o 5º ano Copiar e fazer no caderno
1)Dê três  palavras derivadas de  usando   sufixos:
carta;  dente;   flor;   pente;   livro;   pedra;    ferro;  terra; 
2)      O menino faz natação na sua escola antiga!
Quais são os substantivos da frase acima.
3)      Escreva uma frase usando a linguagem popular de quem vive na roça.
4)      Procure no dicionário e verifique quais palavras devem levar acento: preto; orgão; seres;  atras; medo; garoa; item; nuvem; erro; júri; governo; odio.
5)      Dê adjetivos para as seguintes palavras: cidade; lugar; terreno; prédio; terraço.
6)      Reescreva as frases  enriquecendo-as   com adjetivos;
a)      Na floresta há muitos pássaros. b) Naquela rua, as pessoas  conversam. c) Os homens cortaram a árvore. d) As garotas saíram para comprar roupas, sapatos e bolsas.
7)      Retire os verbos das frases : a) Compramos lanches. b) Tomamos todo o suco.c)  Fizemos toda a lição. d) Escrevemos muito durante a aula. e) Partimos o bolo.
8)      Os verbos que você retirou no exercício 7, são de ação ou de estado? Explique a sua resposta.
9)      Forme substantivos dos seguintes adjetivos: gostoso; poderosa; orgulhoso; moleza; riqueza; jeitoso; tristeza; grandeza; franqueza;  vaidosa.
10)   Escreva  cinco palavras que sejam compostas.








domingo, 15 de abril de 2012

Texto 9º ano



Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela…

Amo-te assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!

Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,

Em que da voz materna ouvi: “meu filho!”,
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!

(BILAC, Olavo. Língua Portuguesa. In: Poesias. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p.272.)

Vocabulário

Lácio: região da Itália central onde se falava o Latim.
ganga: impureza contida nos minérios.
clangor: som estridente das trombetas.
trom: som do canhão.
procela: tormenta no mar, tempestade.
arrolo: canto de adormecer de crianças.
viço: força e exuberância vegetativa.

texto 8º ano


Inutilidades

“Ninguém coça as costas da cadeira.
Ninguém chupa a manga da camisa.
O piano jamais abana a cauda.
Tem asa, porém não voa, a xícara.
De que serve o pé da mesa se não anda?
E a boca da calça se não fala nunca?
Nem sempre o botão está na sua casa.
O dente de alho não morde coisa alguma.
Ah! se tratassem os cavalos do motor…
Ah! se fosse até o circo, o macaco do carro…
Então a menina dos olhos comeria
Até o bolo esportivo e bala de revólver”.

Texto 7º ano


Cantiga

Pergunto ao mar por que foge
e ao vento por que não vem.
O tempo levou a vida
para outra praia no além.
Há tanto pássaro voando,
meu sonho voou também.

Pousou nas cristas das vagas,
tornou-se espuma salgada
e veio dar nesta praia
onde não há mais ninguém.

E o mar que foge retorna,
retorna o vento também.
Só a vida que foi não volta,
só o tempo que foi não vem.
(TELES, Gilberto Mendonça. Cantiga. In: AGUIAR, Vera (Coord.). Poesia fora de estante. Porto Alegre: Projeto, 2002, p. 89)
1


Texto 6º ano


UESA



Minhas filhas

Minhas filhas eu vejo que são três
E cada qual é da beleza irmã,
Se eu quero Lúcia, muito quero Inês,
Da mesma forma quero Miriam.

Vendo a meiguice da primeira filha,
Vejo a segunda que me prende e encanta
A mesma estrela que reluz e brilha,
Se olho a terceira vejo a mesma santa.

Se a cada uma com fervor venero,
Fico confuso sem saber das três
Qual a mais linda e qual mais eu quero,
Se é Miriam, se é Lúcia ou se é Inês.

E já velho, a pensar de quando em quando
Que brevemente voltarei ao pó,
Eu sou feliz e morrerei pensando
Que as três filhas que eu tenho é uma só.

(Patativa do Assaré. Antologia Poética. 4.ed. rev. Fortaleza: Demócrito Rocha, 2004. p. 233)

terça-feira, 10 de abril de 2012

Pesquisa para o 9º ano


Conjunções coordenativas

 As conjunções coordenadas introduzem orações coordenadas. Existem cinco tipos: aditivas, adversativas, alternativas,conclusivas e explicativas.

Aditivas:   

 Exprimem ideia de soma, adição : e, nem,não só...  mas também.

Exemplos: É impossível assobiar e chupar cana.
                 Sofia não viajou nem está em casa.
                 O jogador não só agrediu o juiz mas também mostrou a língua para a plateia.

Adversativas

 Exprimem ideia de adversidade, acontecimento contrário ao esperado:  mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto. 

Exemplos: Reclamou , mas fez o trabalho.
                 Dependemos da natureza, no entanto a destruímos.

                                           Alternativas

Exprimem ideia de escolha ou alternância: ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer, seja ... seja, já ... já.

Exemplos: Quer chova, quer faça sol, vou trabalhar.
                 Estude hoje ou se arrependerá mais tarde.

                                           Conclusivas


Exprimem conclusão, consequência: logo,portanto,por isso,pois (depois do verbo), por conseguinte.

Exemplos: A luz está acesa; logo, deve haver alguém em casa.
                O vestibulando chegou atrasado, por isso não fez a prova.



Explicativas

 Exprimem uma explicação, um motivo: porque, pois (antes do verbo), que, porquanto.

Exemplos: Não se mexa, que isto é um assalto.
                Não faça mal, pois o castigo vem a cavalo.

Exercício de fixação


  Junte as orações de acordo com o que se pede.

a) Fui à cidade. Comprei um par de tênis (aditiva)
b) O trabalho era difícil. Os operários conseguiram terminá-lo. (adversativa)
c) Não chore. A vida é bela. (explicativa)
d) A luz da casa vizinha está acesa. Eles já chegaram de viagem. (conclusiva)
d) Acho que os vizinhos chegaram de viagem. A luz da casa está acesa. ( explicativa)


texto para a reprodução 5º ano

Texto para reprodução 5º ano
                                                            O fantasma


          A televisão não tinha chegado até a fazenda porque a energia era insuficiente. À noite, as
mulheres distraíam ouvindo rádio de pilha enquanto costuravam.Os homens gostavam de se
reunir para conversar. O ponto escolhido foi o terreiro de café que ficava perto da casa do
administrador.
          Nessa noite, falavam de fantasmas. Cada um tinha uma história; contar o que ouvira, ou
uma experiência pessoal  que infelizmente (ou felizmente) não provava nada.
          — Eu me lembro de um caso interessante __disse Vicentino.
          Os ouvintes se aproximaram mais dele.
          Por que será que gostamos de ficar bem juntinhos quando ouvimos histórias de
fantasmas? Para melhor ouvir? Ou porque sentimos mais seguros estando bem perto uns dos
outros?
           — Eu morava num sobrado na cidade, e todas as noites acordava com um barulho de
correntes que se arrastavam no andar de cima.Nada de gemidos ou gritos, nem uma palavra.
Só aquela corrente que se arrastava para cá e para lá. Um mistério! Era tão impressionante que  eu  acordava e não conseguia mais dormir.Depois de uma semana eu criei coragem, pensei comigo: tenho que dar um jeito nesse danado. Arranjei um pedaço de pau, nem sei porquê, pois sabia que com fantasma não adianta usar um pedaço de pau! Assim que  o barulho começou, subi devagarinho! Quando eu andava, o barulho cessava. Quando eu parava, ouvia a corrente se arrastando.  Ele devia estar bem perto porque percebia que ia chegando gente. Abri  num arranco a porta, entrei depressa e dei um grito para ver se o fantasma se assustava comigo.
        Sabem que deu certo? Ouvi uma voz rouca  e assustadora: roc, rooc, roooc... Se eu não
estivesse tão apavorado teria rido a valer. Bem  no meio do quarto, todo arrepiado e trêmulo,
estava ... um papagaio! O bichinho escapava do poleiro todas as noites e "assombrava" a gente
passeando de um lado para outro com uma  corrente presa na perninha.
Os meninos riram aliviados! Essa foi a história do fantasma assustador.

                                                                           Maria Teresa Guimarães Noronha